ATA DA SEXAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 16-7-2012.
Aos dezesseis dias do mês de julho do ano de dois
mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Beto Moesch, Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de
Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada
a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Elói Guimarães, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luiz Braz,
Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei
do Legislativo nº 130/12 (Processo nº 1628/12), de autoria do vereador
Engenheiro Comassetto; o Projeto de Lei do Legislativo nº 135/12 (Processo nº
1562/12), de autoria do vereador José Freitas; e o Projeto de Resolução nº
019/12 (Processo nº 1042/12), de autoria do vereador Newton Braga Rosa. Também,
foi apregoado o Ofício nº 629/12, do senhor Prefeito, encaminhando Veto Total
ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 003/11 (Processo nº 0821/11).
Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 035/12, do senhor Antonio José Gonçalves
Henriques, Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Durante a Sessão, deixaram
de ser votadas as Atas da Sexagésima Terceira, Sexagésima Quarta, Sexagésima
Quinta e Sexagésima Sexta Sessões Ordinárias, da Décima Quarta, Décima Quinta e
Décima Sexta Sessões Extraordinárias e da Décima Quinta, Décima Sexta, Décima
Sétima, Décima Oitava, Décima Nona, Vigésima e Vigésima Primeira Sessões
Solenes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Fernanda
Melchionna e os vereadores Adeli Sell, Paulinho Rubem Berta e Tarciso Flecha
Negra. Em GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores Idenir Cecchim, em
tempo cedido pelo vereador Sebastião Melo, e Dr. Thiago Duarte, em tempo cedido
pela vereadora Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Engenheiro Comassetto, João Antonio Dib e DJ Cassiá. Após, foi
apregoado Relatório da Comissão Especial de Revisão do Código de Posturas de
Porto Alegre. Em prosseguimento, o vereador Sebastião Melo formulou
Requerimento verbal, deferido pela senhora Presidenta, solicitando informações
sobre projetos em tramitação neste Legislativo relativos à telefonia móvel, bem
como a realização de audiência pública acerca dos serviços de telefonia móvel
em Porto Alegre. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo
vereador Engenheiro Comassetto, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da
presente Sessão. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Adeli Sell,
Carlos Todeschini, este em tempo cedido pelo vereador Airto Ferronato, Valter
Nagelstein, em tempo cedido pelo vereador José Freitas, Engenheiro Comassetto,
em tempo cedido pelo vereador Bernardino Vendruscolo, Alceu Brasinha e Elói
Guimarães, este em tempo cedido pelo vereador Beto Moesch. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciou-se o vereador João Antonio Dib. Na oportunidade, foi aprovado
Requerimento de autoria dos vereadores DJ Cassiá, Engenheiro Comassetto e
Idenir Cecchim, Líderes das Bancadas do PTB, PT e PMDB, respectivamente,
solicitando alterações na composição da Comissão Representativa, passando os
vereadores Alceu Brasinha, Adeli Sell e Professor Garcia a integrarem essa
Comissão em substituição aos vereadores Nilo Santos, Aldacir José Oliboni e Dr.
Raul Torelly. Às dezesseis horas e dez minutos, foi efetuada verificação de
quórum para ingresso na Ordem do Dia, constatando-se a inexistência de quórum
deliberativo. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram o Projeto de
Lei do Executivo nº 031/12 e o Projeto de Resolução nº 018/12. Durante a
Sessão, os vereadores Carlos Todeschini e Sebastião Melo manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Às dezesseis horas e doze minutos, o senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores titulares da Comissão
Representativa para
a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos vereadores Mauro Zacher, Haroldo de Souza, Fernanda Melchionna e Carlos
Todeschini e secretariados pelo vereador Carlos Todeschini. Do que foi lavrada
a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores
1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Eu gostaria de ter tido tempo para imprimir as
fotos do cúmulo, do absurdo que eu registrei no dia de hoje. Como não deu
tempo, pois acabo de voltar do Centro da Cidade, gostaria de pedir que a TV
Câmara gravasse a situação de um jovem senhor de 92 anos, jogando dominó num
tabuleiro caseiro, porque, durante o final de semana, a Prefeitura retirou os
espaços de convivência dos aposentados, dos idosos, dos senhores e das senhoras
e de outros que não são aposentados, mas que jogam damas, há 30 anos, na Praça
da Alfândega, na cidade de Porto Alegre.
Eu não consigo entender – inclusive, vim a esta
tribuna perguntar, cobrar explicações do Governo, certamente na pessoa do seu
Líder, Ver. João Antonio Dib, para que ele possa nos informar – o absurdo que
ocorreu no final de semana, na Praça da Alfândega. Eu não consigo entender qual
é a lógica das praças que não são para as pessoas, onde as pessoas são corridas
da utilização do espaço público. Nós sabemos que a Praça da Alfândega passa por
sérios problemas de utilização à noite, pelo fato de não ter propostas de vida
noturna num espaço tão valoroso na cidade de Porto Alegre, com raras exceções,
como é durante a Feira do Livro na nossa Cidade e outros eventos que ocupam
aquele espaço, uma das poucas atividades de lazer que ocorria na Praça foi
tirado de maneira sorrateira, durante o final de semana, Ver. João Antonio Dib,
sem nenhuma explicação para os usuários. (Mostra foto no celular.)
Eu registrei e disse a eles: vou fazer uma denúncia
na tribuna da Câmara para que o Governo explique qual é o sentido de uma praça
que as pessoas não podem utilizar? Que lógica é esta de cidade que tira as
pessoas do espaço público, tornando o próprio espaço público mais perigoso, por
falta das pessoas, pela falta da utilização pelas pessoas e por terceiros? Que
democracia é essa, que tira os espaços de lazer da população de Porto Alegre
sem sequer consultá-la? Hoje, vendo um senhor de 92 anos, jogando num tabuleiro
improvisado, num espaço que, há 30 anos, nenhum Prefeito ousou mexer, eu fiquei
me perguntando, junto com o Projeto de Lei que restringe o uso do Largo Glênio
Peres, que ataca a arte de rua, que restringe o número de shows a serem usufruídos naquele espaço público privilegiado das
manifestações populares; junto a um orçamento que destina menos de R$ 10 mil
para a revitalização de praças e parques, e coloca obrigação de revitalização
das praças e parques, através de uma Parceria Público-Privada, porque não tem
política pública e democrática de atuação em conjunto com as associações de
moradores, com as comunidades, iluminando as praças, dotando-as de equipamentos
públicos, mas, ao mesmo tempo, garantindo a preservação dos espaços
democráticos.
Então, eu quero exigir que o Governo se manifeste
dizendo por que tirou, no final de semana, esse espaço. Qual a política para a
Praça da Alfândega, se as pessoas não podem utilizar a Praça da Alfândega? Vai
ficar abandonada durante o dia aquela parte da Praça da Alfândega? Qual é a
proposta? Retirar um dos poucos equipamentos públicos utilizados pelos
aposentados da nossa Cidade! Eu fiquei chocada! Fiquei chocada ainda mais vendo
a tentativa de alguns senhores em conseguir seguir os seus espaços de ludismo e
de lazer com seus amigos em tabuleiros improvisados. Fiquei chocada com a cara
de pau da Prefeitura, fazendo uma política destas, higienista, retirando um
espaço de lazer das pessoas de maneira sorrateira, no final de semana, sem
nenhuma explicação.
Por isso, nós do PSOL, viemos aqui exigir essa
resposta do Governo, afinal, que Cidade é esta em que as pessoas são proibidas
de ter lazer?! Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Zacher): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ADELI
SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, meu caro Ver. Dib,
V. Exa. está com a sua caneta à mão para anotar algumas questões que esta
oposição vai tentar aqui enumerar? Eu quero lastimar profundamente que a cada
dia que passa... Espero que o Líder do Governo possa me ouvir, porque há um
burburinho no fundo do plenário – isso acontece aqui na Casa do Povo. Mas eu
estou preocupado, Ver. DJ Cassiá, é com os atrasos dos ônibus. Se fosse só com
uma linha, eu até entenderia. Recentemente, foi aberto um call center no DC Navegantes, pois faltaram ônibus numa região onde
dificilmente faltam, a bem da verdade. Eu tenho recebido sistemáticas queixas,
não vou enumerar aqui, porque seria muito longa a minha lista, mas quero
insistir: faltam ônibus em Porto Alegre; os ônibus andam lotados e atrasados, e
não só na hora do pique. E tem mais: eu descobri também que é um corre-corre a
vida de um motorista, porque se ele está numa determinada bacia, ele puxa,
digamos, lá na Lomba do Pinheiro, vem até o Centro, não volta para a Lomba do
Pinheiro, faz uma outra linha, por exemplo, aqui na Glória ou no Santo Antonio,
e assim por diante. Ou seja, é uma loucura o procedimento que hoje nós temos em
Porto Alegre acerca do transporte coletivo.
Eu já fui, Ver. Paulinho, verificar isso na sua
região. Nós temos problemas de atrasos de ônibus. São sistemáticos os problemas
no Passo das Pedras, mas não é diferente para quem pega o Pereira Passos, Ver.
Mauro Pinheiro. Eu tenho certeza, Ver. Mauro Pinheiro, de que V. Exa. quando
for à Vila São José, vai encontrar o tipo de problema que estou apontando aqui.
Ver. Mauro Zacher, é uma realidade! É uma
realidade, e nós temos que estar juntos nessa nossa grande batalha pela
melhoria das condições de circulação e transporte, principalmente para o povo
da periferia. Quando eu falo do Pereira Passos, a gente apresentou, inclusive,
várias propostas à municipalidade de novos itinerários. Volto a insistir na
situação do Lami, mas eu poderia dizer, Ver. Engenheiro Comassetto, que no
Lageado não é diferente. Mas pior ainda é a situação de quem mora entre a
Restinga e a Juca Batista. Todos aqueles novos condomínios – que não são
condomínios de ricaços – não têm transporte coletivo efetivo, porque os ônibus
passam lotados e deixam as pessoas a morgar. Posso falar dos Alpes, posso falar
do Alto da Glória, posso falar, portanto, da maioria das linhas de Porto
Alegre. Como não posso deixar também de lembrar, Ver. Cecchim, da situação da
Linha T11. Veja o seguinte: o T11 faz o itinerário aeroporto, mas não tem um
local para guardar bagagem. Em todo o local civilizado do mundo, as linhas que
fazem o aeroporto – e mesmo as que não fazem – tem um local para bagagem. Mas
se for a linha do aeroporto, se for o T11, tem que ter um local para bagagem,
caso contrário é demagogia. O sujeito se obriga, quando tiver bagagem, a pegar
um táxi. Assim não pode continuar!
Para concluir, eu pensava que poderia falar sobre
um conjunto de outros temas, quero fazer um apelo ao DMLU: que o DMLU verifique
o bairro onde ele se localiza: o bairro Azenha. O bairro Azenha está sujo, a
sujeirama é demais, temos urgência urgentíssima de ter uma limpeza geral no bairro
Azenha para o bem da Cidade, por favor.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, todos os que nos
assistem, Ver. Adeli Sell, eu tenho acompanhado o seu trabalho e posso lhe dar
os parabéns pelo trabalho que o senhor tem desempenhado na Cidade, por todo o
acompanhamento na questão do transporte coletivo. Quero dizer que o senhor se
referiu a este Vereador e também se referiu à questão dos horários,
principalmente no Passo das Pedras. Nós encaminhamos à EPTC para que fosse
feito um estudo técnico no Passo das Pedras. Lá no Passo das Pedras constatamos
que estavam, realmente, existindo alguns atrasos no transporte coletivo e
também a superlotação. E obtivemos a resposta da EPTC, que quero ler para os
senhores e para os moradores da comunidade do Jardim Passo das Pedras, uma
comunidade abastecida pelo transporte coletivo e que tem um número muito grande
de passageiros. Por ali temos acesso à Av. Sertório, à Av. Protásio Alves, à
Av. Assis Brasil, ou seja, é uma das lutas que temos empreendido naquela região
para que o Jardim Passo das Pedras obtenha a sua linha de lotação, o que ajudaria
a desafogar, também, a questão do transporte coletivo no Jardim Passo das
Pedras.
Muito temos batalhado por isso e obtivemos uma
resposta, uma confirmação e uma promessa do nosso Diretor da EPTC, o
Cappellari, que nos disse o seguinte: “Tão logo se resolva a questão do
lotação, conquistada por estes Vereadores [pelos 36 Vereadores desta Casa] e
pela Restinga, iniciaremos o processo de estudo para que tenha uma linha
regular no Jardim Passo das Pedras, porque é uma necessidade, é um bairro com
40 anos, que tem trabalhado muito pelo engrandecimento e pela construção desta
Cidade”.
Mas quero ler para os senhores e para o Ver. Adeli
Sell, pena que ele se retirou, o seguinte documento da Maria Cristina Molina
Ladeira: “Quanto à reivindicação do Ver. Paulinho Rubem Berta, informo que,
desde ontem, dia 11-7-2012, colocamos um horário saindo da Av. Dez de Maio, às
7h da manhã, até o Terminal Triângulo. Quanto à criação da linha de lotação,
somente a partir da implantação da bilhetagem nos lotações e pesquisa de todo o
sistema, a fim de verificar a viabilidade técnica, que será em 2013. Além
disso, dependemos da alteração da Lei que criou o sistema”.
Muito bem, então temos algumas questões que
precisamos vencer: a modificação da lei e o estudo de viabilidade técnica. Mas,
acima de tudo, quero agradecer à EPTC, ao Pitol, à Dra. Cristina e ao
Cappellari, que prontamente se colocaram à disposição, foram trabalhar essa
questão, e está sendo feito o estudo.
Então, agora temos um horário a mais, saindo às 7h,
da Av. Dez de Maio, que vai desafogar lá no começo, no fim da linha, para que
nós possamos, de imediato, ter essa melhoria, Ver. Idenir Cecchim, do
transporte coletivo no Jardim Passo das Pedras. E, para 2013, estamos
trabalhando a questão dos lotações, para a qual, se Deus quiser, estaremos aqui
para pedir o apoio dos Vereadores, para que nós, através de projeto de lei,
possamos criar a Linha Jardim Passo das Pedras, favorecendo uma comunidade que,
há 40 anos, luta naquela região para melhorar o transporte coletivo. A
população do Jardim dos Coqueiros, Vila Davi Canabarro, Jardim Ingá, Jardim
Passo das Pedras I e II, todas essas comunidades estarão sendo beneficiadas com
a criação do novo itinerário dos ônibus ali. Também há a questão da escolha do
corredor da Av. Sertório, que será modificado para receber novos transportes
coletivos, ou se os ônibus, no caso, serão modificados para atender isso.
Então, quero agradecer aos Vereadores, aos meus
Pares o trabalho que nos ajudaram a realizar, Ver. DJ Cassiá, trabalhando a
questão da melhoria do transporte de lá. O senhor conhece muito bem, porque
também é um homem especialista em vilas, conhece as vilas, “amassa barro” e
avança terreno. Os moradores do Jardim Passo das Pedras estão de parabéns;
parabéns a toda aquela comunidade, e obrigado à EPTC.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público
que nos assiste, parece que hoje foi o dia dos Pedidos de Providências, Ver. DJ
Cassiá. Há quase dois anos, eu venho pedindo iluminação para a Rua da Praia. Já
pintaram os postes e, agora, Ver. Idenir Cecchim, é só fazer a limpeza daqueles
bojos ou lustres tão bonitos e colocar as lâmpadas para que as pessoas tenham
mais segurança. Eu moro ali há 12 anos, e sou muito cobrado por ser um Vereador
da Cidade. Eu sei que é para o Dib, como Líder do Governo, que a gente deve se
dirigir para solicitar essa limpeza, bem como a troca das lâmpadas, então, a
gente vem aqui fazer esse pedido, mais uma vez, ao vivo, aqui pela televisão,
junto aos meus colegas, os 36 Vereadores, para que essas pessoas que caminham
pela rua da Praia, em frente ao museu até a Praça... Ali perto do Exército,
onde é área militar, a gente tem segurança, temos iluminação do próprio
Exército, da própria Brigada Militar, mas passou dali, e até a Praça da
Alfândega, é meio complicado, porque agora estão queimadas as lâmpadas. Então,
a gente vem fazer esse pedido, mais uma vez. Há um ano venho pedindo isso, e,
por ser Vereador desta Cidade, por morar ali há muitos e muitos anos, a
cobrança das pessoas é muito grande. Qual é o meu papel como Vereador? É
cobrar, é fazer Pedido de Providências, cobrar dos Departamentos, cobrar das
Secretarias para que deem essa cobertura para que as pessoas tenham segurança
ao anoitecer, Presidente Mauro Zacher.
Estou vendo que hoje é um dia de bastante cobrança,
mas venho aqui com o meu pedido, que já tem um ano e pouco, no sentido de
buscar essa melhoria para o Centro. Também tenho inúmeros pedidos nos bairros,
no próprio Centro – ouvi a fala da Fernanda, de cobrança também –, mas a gente
fica sensibilizado, porque sei que é uma hora muito difícil, Ver. Dib. Parece
até que a gente está contra o Prefeito, porém a minha posição, a minha bandeira
não é a de fazer cobrança, a de fazer política dessa maneira, pelo contrário,
tento fazer uma política mais justa, mais séria, assim como muitos Vereadores
desta Casa, mas faço esta cobrança porque a Cidade me cobra. E eu vou fazer
essa cobrança, sempre, aos Departamentos responsáveis pela iluminação pública,
Cecchim. É uma cobrança tranquila, por isso estou bem tranquilo. Sei que o
órgão responsável é a SMOV, que eles podem destinar... É o Centro da Cidade, é
uma das ruas pela qual todos nós, gaúchos e porto-alegrenses, temos um carinho,
um amor muito grande, que é a Rua da Praia, a Rua dos Andradas. Então, a gente
vem mais uma vez aqui fazer este pedido, ao vivo, para que essas pessoas possam
ter iluminação. Fica aqui o pedido deste Vereador para que a gente possa
começar a iluminar melhor Porto Alegre, para que está Cidade fique mais clara.
Então, os Pedidos de Providências – como os do
Paulinho Rubem Berta, os da Fernanda – são importantes, porque, se cada um de
nós Vereadores fizermos esses Pedidos para os bairros, para o nosso Centro,
Porto Alegre, que já é linda – a nossa Capital é maravilhosa – ficará ainda
mais bonita. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Tarciso.
Passamos ao
O Ver. Idenir Cecchim
está com palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Sebastião
Melo.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, em primeiro lugar quero agradecer o tempo
que o Ver. Sebastião Melo me cedeu para falar de alguns assuntos que dizem
respeito à nossa Cidade, à nossa querida Capital Porto Alegre. As obras estão
acontecendo, mas os problemas continuam no dia a dia, como a saúde, a gripe A,
a gripe H1N1, que fez mais vítimas neste final de semana em Porto Alegre. Acho
que temos que fazer um grande mea-culpa. O Governo Federal precisa saber que o
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm três meses de clima
completamente adversos, não só para a gripe H1N1, mas para todas as doenças
bronco-respiratórias. Estou me atrevendo, aqui, a falar em doenças na frente de
alguns médicos, como o Dr. Thiago, mas o problema é que algumas doenças
acontecem aqui na Região Sul, e o Governo Federal precisa ajudar. O Governo
Estadual não quer se envolver com nada! O Governo Tarso Genro parece que está
gripado há um ano, porque ele não sai, não faz nada. Inclusive, o Governo
Federal mandou os técnicos para a Secretaria da Saúde do Estado, e, hoje pela
manhã, ouvi o Secretário dizer que não sabia que eles viriam. Está faltando
entrosamento! Acho que o Governo Federal, o Governo Estadual e a Prefeitura –
todos – precisam ter o telefone um do outro para se comunicarem: “Olha estou
indo aí para te ajudar, eu vou fazer alguma coisa”, o Governo Federal deveria dizer; e o Governo Estadual deveria colocar
as suas instalações e o seu pessoal à disposição, e, juntos, deveriam fazer um
mutirão: Prefeitura, Governo Estadual e Governo Federal.
Por falar em Governo
Federal, eu passo todos os dias, a Ver.ª Maria Celeste, o Ver. Paulinho Rubem
Berta, todos nós passamos na frente da UPA Zona Norte que está lá fechada! Era
para estar pronta já há um ano. Agora eu começo a ficar desconfiado, Ver.
Comassetto, comecei a ficar desconfiado... Por que faltou um detalhe e não deu
para terminar? Não será esse detalhe que ajudou a fazer um aditivo de 25%? Tem
que dar uma olhada. Esse tempo, essa “enrolaçada”, essas coisas todas me fazem
pensar que alguma coisa faltou; quem sabe não faltou de propósito? E a nossa
população está lá esperando pela UPA!
O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer ao nobre colega,
Ver. Idenir Cecchim, o aparte, e quero lhe dizer o seguinte: nós, na Zona
Norte, principalmente, onde eu também resido, também a minha família tem a
necessidade da UPA lá. É fundamental, o atendimento da UPA, principalmente no
clima que estamos enfrentando, porque, com a chegada do frio, as necessidades
médicas aumentam, e muito, na região. A nossa região abrange quase 400 mil
pessoas, é a Vila Santa Rosa, é a Vila Amazônia, é a Elizabeth, Sarandi, Passo
das Pedras, Rubem Berta, Leopoldina... Ali aumenta o número da necessidade,
principalmente com os nossos idosos. Mas o senhor estava colocando a questão da
Gripe A, nós sabemos que aumentou muito o número de pessoas que contraíram esse
vírus da Gripe A, quase multiplicou o número de falecimento por causa da Gripe
A. Eu vi, hoje, pela televisão, de manhã, por exemplo, o seguinte: pessoas
buscando Postos de Saúde e não tem vacina da Gripe A, isto é um problema
gravíssimo para a nossa população.
Em segundo lugar, eu
quero lhe colocar a questão da UPA: tanto foi brigada e lutada essa questão da
UPA, dentro do Centro Vida, com todas as lideranças comunitárias daquela
região, com todo mundo lá, que a UPA já era para estar funcionando e atendendo
essa população. Eu me sinto muito triste e me sinto na obrigação de sair em
favor da população, lá, que tem esse direito, que foi, por várias noites,
durante vários anos, votar, para que a UPA fosse no Centro Vida, mas não foi;
foi lá no Triângulo! O.K. Nós
concordamos, vai atender tanto o Eixo, vamos dizer assim, Elizabeth, Sarandi,
Vila Brasília, como o Eixo Baltazar de Oliveira Garcia, mas com a UPA fechada!
O Governo Federal tem que dar um jeito, não está atendendo ninguém, não está
atendendo às nossas reivindicações. A questão deste Vereador é bater em alguém?
Não, é abrir a UPA para que ela atenda a população.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado.
A Sr.ª Maria Celeste: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada,
Ver. Cecchim. Quero-me somar aqui à fala do Ver. Paulinho Rubem Berta e
dizer, junto com V. Exa., que nos causa muita estranheza, porque o prédio já
está construído. Nós sabemos que os funcionários, os trabalhadores da Saúde, os
médicos, que serão ali aportados pelo GHC, já estão esperando essa nomeação
para estarem lá, e a Prefeitura, até agora, não nos respondeu para dizer o
motivo da demora. Acho que seria extremamente necessário – e poderia assinar
com V. Exa., se assim o senhor desejar – fazermos um Pedido de Informações à
Prefeitura, para saber por que a demora de um equipamento que já está
construído, que já está praticamente com os funcionários, com os trabalhadores
direcionados para lá, e ainda não foi aberta a UPA da Zona Norte. O que nós
temos visto é que 200 mil pessoas da Região Norte da cidade de Porto Alegre
estão enfrentando, diariamente, a emergência do Hospital Conceição e de outros
hospitais superlotados, porque esse equipamento de média complexidade ainda não
está liberado para a população. Muito obrigada pela lembrança e assino com V.
Exa. esse Pedido de Informações com a Prefeitura, se assim o senhor achar
necessário.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Vereadora.
Certamente vamos fazer três Pedidos de Informações: primeiro para o Governo
Federal, para saber por que demorou tanto para esperar fazer um aditivo; para o
Governo Estadual no sentido de que nos ajude; e para o Governo Municipal,
certamente quando o prédio for entregue, ele vai botar os equipamentos, porque
o prédio não foi entregue ainda, Vereadora. O grande problema nosso é esse,
ainda está cercado com aquele tapume de obra, com aquela fita vermelha, dizendo:
“Olha, o prédio ainda não está pronto”. Vamos todos fazer um mutirão, e aqui
não se trata de culpar o Governo A, B ou C; nós precisamos fazer um mutirão,
abrir essas portas e fazer o pessoal começar a ser atendido lá naquele local.
O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, quero cumprimentá-lo
e dizer que esse é um tema pertinente ao debate aqui da Cidade e desta Casa, e
inclusive o senhor fala sobre a UPA, lá do Centro Vida, que já está num estágio
adiantado, e a nossa, que está lá na Zona Sul, o dinheiro está depositado em
caixa, já faz 12 anos, e o Projeto ainda não foi nem aprovado, e eu tenho
cobrado isso, com frequência, aqui desta tribuna, para dizer que a gestão da
Saúde, no todo, está sem sintonia, como o senhor estava falando. Bom, e a
responsabilidade local impulsiona isso. Portanto, acho que a Secretaria da
Saúde do Município precisa, junto com o Estado e com a área Federal, dar-nos
uma explicação mais plausível, porque estão nos cobrando. Inclusive, ontem,
numa caminhada que fizemos lá na Cohab/Cavalhada, a comunidade cobrava, com
muita energia e com razão, o Posto de Saúde Cohab Cavalhada, porque, há seis
anos, está lá o terreno, o dinheiro depositado e não se constrói.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado, Ver.
Engenheiro Comassetto.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Idenir Cecchim, eu quero dizer a
V. Exa. que, no próximo mês, a UPA da Zona Norte vai funcionar, sem dúvida
nenhuma. Alguma coisa de matéria de obra que depende do Estado, mas está tudo
num bom andamento e vai funcionar sem maiores problemas. Da parte da Prefeitura
está tudo correto.
O SR. IDENIR CECCHIM: Obrigado. Por isso V.
Exa. é o nosso grande Líder, com respostas prontas, objetivas e sintéticas.
Eu queria falar
também, um pouquinho, Ver.ª Sofia, e posso estar enganado, mas há uma queixa
das escolas estaduais, depois a senhora me ajude, não é uma crítica, é uma
constatação, parece que a merenda escolar não está sendo elaborada, de acordo
como deveria ser, porque muitas escolas estão com problemas na geladeira, no
fogão, enfim. Se isso está ocorrendo, acho que nós vamos ter que fazer um
mutirão para que as crianças, pelo menos, se alimentem. Há a merenda, mas falta
preparar as merendas nessas escolas. Então, é um assunto que diz respeito às
escolas Estaduais, mas quando as crianças reclamam, Ver. Tarciso, V. Exa. que
cuida tanto das crianças e do esporte para as crianças, enfim... mantê-las nas
escolas ou no esporte, eu acho que nós temos que nos preocupar, antes de tudo,
com boa alimentação que a escola pode proporcionar.
Eu queria dar um
pequeno pitaco e dizer ao nosso Secretário Cappellari para dar uma olhada
nisso. E, se houver argumentos contrários, eu me rendo. A Avenida Grécia, que
não está inaugurada ainda, Ver. João Antonio Dib, tem alguma coisa está errada.
Quem anda na Avenida Grécia tem um sinal de PARE, que está completamente na
contramão. Eu tenho muito respeito pelos técnicos da EPTC, mas alguma coisa
está errada lá. Se tem sinaleira em toda a Avenida é para ajudar a desafogar a
Av. Assis Brasil, agora eles colocam a placa de PARE justamente na avenida que
é para desafogar, facilitando as transversais. Eu nunca vi, acho que alguma
coisa está errada. Por isso eu ia pedir para o Secretário Cappellari dar uma
olhadinha, juntos com seus técnicos, porque, de repente, eu acho que faltou um
bom-senso nisso. Alguma coisa está errada ou eu estou ficando louco! Acho que
não ainda, eu me curei da gripe, estou bem. Então, em alguma coisa nós temos
que dar uma olhada. Assim como muitas ruas têm duas quadras num sentido,
quando, de repente, na outra quadra vem no sentido contrário. Eu acho que tem
que dar uma repensada, uma reciclada, enfim, alguma coisa tem que ser feita para
que o trânsito comece a desafogar um pouquinho, já que não temos muitas
alternativas, pelo menos, naquelas em que nós temos oportunidade de fazer com
que o fluxo ande, que se faça, e não que se tranque mais um pouco. Parece que
se tem raiva que o trânsito ande nessa cidade. Nós precisamos que o fluxo seja
facilitado. Ninguém quer um acidente; mas já que tem a sinaleira, se é só
esperar quando for ligada a sinaleira, tudo bem. Mas no momento a coisa está
invertida. Então, é um pedido que eu faço para que o Secretário dê uma
olhadinha nisso também.
Eu queria dizer que a
campanha eleitoral que se iniciou está andando bem, para aqueles candidatos de
boa vontade. Mas alguns candidatos estão exagerando. Eu já vi placa de
candidato colada nas placas das Secretarias, onde há uma obra, uma plaquinha
colada. Eu acho que falta avisarmos a esses candidatos que isso não pode. Acho
que isso está errado e vamos ter que dar uma olhadinha para que algum colega
nosso não cometa exageros sem querer, certamente ele não queria fazer isso, mas
algum auxiliar colocou a placa em algum lugar errado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo da
Ver.ª Sofia Cavedon.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Muito obrigado,
Ver.ª Sofia, pela gentil confirmação de um acordo que havíamos feito aqui. Um
acordo, Ver. DJ Cassiá, veja só como tudo é possível! Eu quero usar este
período de Grande Expediente – nós hoje entramos em recesso, certamente vai ser
o último deste semestre – no sentido de sublinhar algumas ações. O Grande
Expediente é o tempo utilizado pelo Vereador para expor o seu trabalho à
comunidade. Então, quero citar algumas ações nossas, falar sobre algumas delas
– ações, Pedidos de Providências e melhorias que acabam afetando as comunidades
que representamos.
A primeira questão que eu gostaria de frisar aqui é
a questão do planejamento familiar, a necessidade que nós temos de, a cada dia
mais, poder dar a possibilidade, Ver. Bernardino, de as pessoas escolherem, de
forma livre e consciente, quantos filhos vão ter, independentemente de o método
ser caro ou de o método ser barato, mas que possamos dar possibilidade de as
pessoas terem acesso aos métodos contraceptivos. Eu, que trabalho no Centro de
Planejamento Familiar no Hospital Presidente Vargas, vejo o quanto ele fez
avançar a questão do planejamento familiar, mas, certamente, precisamos avançar
mais. Nós precisamos avançar mais, principalmente nas vilas, nas comunidades
mais vulneráveis, dando aos casais esse acesso à saúde, principalmente às
mulheres. Então, eu queria frisar isso. (Pausa.) Pode alcançar para ele, por
favor? É importante a gente ilustrar com imagens.
(Procede-se à apresentação em PowerPoint.)
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Dentro das ações, Ver. Bernardino, quero registrar
o quanto é difícil aprovar, muitas vezes, um Projeto nesta Casa, que é
extremamente democrática e extremamente polivalente nesse sentido. Nosso
Projeto de acesso ao exame, ao teste rápido de HIV, principalmente para as
gestantes. Infelizmente, Porto Alegre tem altos índices de HIV, de pacientes
contaminados com o vírus. Basicamente, hoje, nós observamos que, na Cidade,
três grupos se destacam: as mulheres casadas; os jovens, Ver. DJ Cassiá, que
estão tendo a sua primeira relação sexual; e os senhores e as senhoras na
terceira idade, na melhor idade. E os três grupos têm uma coisa em comum: o não
uso do preservativo. Pois bem, esses grupos, principalmente essas mulheres
jovens, essas mulheres em idade fértil, quando engravidam... A tônica do nosso
Projeto – meu e do Ver. Bernardino – era dar acesso a essas mulheres a fazer o
exame próximo às suas casas, para que pudessem iniciar, de forma precoce, o
tratamento, e assim prevenir que o filho nasça com HIV. Esse Projeto foi
aprovado por esta Casa, está sendo implementado pelo Município, e isso tem que
ser destacado aqui. (Pausa.) Aqui são algumas lideranças da Zona Norte. Aqui é
a questão da informatização que a gente ainda precisa ampliar no Município, que
a gente precisa humanizar no Município, principalmente no que se refere à
consulta especializada. É claro que as pessoas têm que aguardar, conforme o seu
local, na fila, mas nós temos que priorizar alguns casos, e, para isso, precisa
de um olhar humanizado para a informatização. Aqui são algumas Unidades de
Saúde. Aqui mostro o Dr. Chou Tsing Yi.
Além do teste rápido do HIV, a questão da educação
sexual nas escolas é fundamental; foi aprovado nesta Casa e, sem dúvida, tem
que ser colocado no nosso currículo escolar. Alguns Vereadores já falaram aqui,
foi construção coletiva desta Casa, e a gente, humildemente, deu essa
contribuição: a aprovação do terceiro turno de atendimento no Programa de Saúde
da Família. Segundo o nosso Projeto aprovado pela totalidade dos Vereadores, a
gente pode incorporar o terceiro turno a, pelo menos, um PSF na Cidade; sem
dúvida nenhuma, nós precisamos avançar nesse sentido. Algumas Unidades que eu
friso aqui, “ah, mas resolve o problema?” Não! Mas certamente, em médio prazo,
vai melhorar muito a questão da Saúde na Zona Sul de Porto Alegre. Eu cito aqui
o Chapéu do Sol, que foi inaugurada, uma equipe dupla que vai atender essa
região de bastante vulnerabilidade. Por muito tempo foi colocada, por diversos
Vereadores aqui nesta tribuna, inclusive por nós, a questão da reforma do
prédio da US Belém Novo, que foi totalmente reformado. A questão do Núcleo
Esperança, com uma equipe dupla, lá no seio da Restinga, que foi inaugurado. E,
principalmente, a ampliação de alguns PSFs, entre os quais eu destaco aqui o
PSF 5ª Unidade da Restinga, que passou a ter uma equipe dupla com atendimento
odontológico.
No que se refere à questão das urgências e
emergências, é fundamental destacar que, efetivamente, nós precisamos ampliar o
atendimento nos hospitais periféricos da Cidade. E eu falo com carinho e de uma
forma muito especial do Hospital Vila Nova e do Hospital Parque Belém. Nós já
falamos desta tribuna diversas vezes que a Comissão de Saúde e Meio Ambiente,
em 2011, fez um verdadeiro checklist
na Saúde da Cidade. Todos os Vereadores da Comissão nos ajudaram muito, e nós
visitamos mais de 50 unidades de saúde e todas as emergências e urgências de
Porto Alegre, Ver.ª Sofia, que esteve conosco em muitas dessas visitas.
Certamente, ampliar o atendimento nesses hospitais que ficam na periferia é a
grande solução para a questão das urgências e emergências. Muitas vezes, os
pacientes estão lá porque ficam efetivamente internados nas urgências e
emergências dos nossos hospitais. Nós precisamos de leitos de retaguarda para
que possamos internar esses pacientes, o que começou a ocorrer agora. Tivemos a
ampliação de 47 leitos no Hospital Vila Nova, com um redimensionamento na sua
urgência e emergência; um projeto já pensado, idealizado – e aqui tenho que
fazer referência ao Ver. Ervino Besson, que pensou isso no passado, muito antes
de nós. E, agora, a questão do Parque Belém que tem se efetivado, com a
ampliação, inclusive, dos leitos de UTI. Esse remodelamento, certamente com o
início das atividades de outros hospitais gerais, como, por exemplo, o Hospital
da Restinga, é que vai fazer com que se desafoguem as urgências e emergências
de Porto Alegre. Nós temos que avançar para não ter a neurologia do HPS
superlotada com pacientes crônicos. Esses pacientes crônicos têm que ser,
efetivamente, realocados em outros hospitais, para que o HPS, por exemplo,
possa ter o seu mister, a sua devida especificidade, que é atender urgência e
emergência, consagrada.
Quero falar aqui também da orla da região que eu
atendo já há 13 anos e de forma muito especial, estou lá toda semana, que é o
Lami, a revitalização da orla que há muito era pedida por aquela comunidade e
que, efetivamente, foi consagrada.
Quero falar aqui do combate à drogadição. Nós
iniciamos, o conjunto dos Vereadores, uma Frente Parlamentar Antidrogas;
iniciou nesta Casa, foi feito um seminário, foram feitos alguns simpósios
descentralizados, procurando juntar, Ver. DJ, o problema de saúde daquela
comunidade, a droga em específico, com o problema social que ela acarreta. Por
exemplo: em muitas comunidades, a gente observa alcoolismo e prostituição;
então, temos que juntar essas questões e procurar discutir saídas com as
comunidades. Tivemos a grata satisfação de ter aqui aprovado o Projeto do Centro
Integrado do Combate à Drogadição. Isso não foi por nós só pensado, isso já é
executado em alguns municípios-modelo na área da Saúde, como, por exemplo,
Curitiba e Belo Horizonte, onde, de forma transversal, se trata o problema que
se prioriza; aqui, no caso, a drogadição. Então, teremos num local único um
centro que trate da saúde, que tenha a questão da assistência social, que tenha
encaminhamento ao trabalho ou emprego, que tenha a questão da cultura, Ver. DJ
Cassiá, e que, por isso, vai poder tratar de forma mais exemplar a questão da
drogadição. O Projeto foi aprovado por esta Casa há cerca de um mês.
E não se pode falar em Saúde sem falar dos
servidores da Saúde. Os servidores da Saúde são o início da solução do problema
que se tem, seja aqui em Porto Alegre, seja no Estado, seja no País. Eles têm
que ser valorizados, eles têm que ser considerados nesse sentido. Para isso,
tivemos um grande trabalho – obviamente que não fizemos sozinhos, o Projeto
veio do Executivo – no sentido, primeiro, de desafogar um pouco o grande
problema que era a saída de médicos do Município de Porto Alegre. Eles entravam
por uma porta e, dois ou três meses depois, saíam por outra, e acabavam
faltando médicos, mais ainda – ainda há falta – nas unidades de saúde. Então,
nós aprovamos, primeiro, aqui nesta Casa, o abono para os médicos, o que fez
com que esses profissionais permanecessem no Município; e, depois, num esforço
conjunto, conseguimos aprovar o plano de carreira de cargos e vencimentos dos
médicos. Isso, sem dúvida nenhuma, foi muito importante. Temos que avançar
mais? Certamente temos! E temos a convicção de que, daqui para frente,
poderemos fazer isso.
Quero destacar alguns outros
Projetos, como, por exemplo, o dos trotes para as linhas telefônicas do SAMU.
Fizemos um Projeto. Nós temos mais de 170 mil ligações indevidas para o SAMU;
cerca de 40% das chamadas para o SAMU são trotes, são de telefones que têm dono
e, por isso, sim, não é um engano simplesmente: a pessoa tenta passar um trote
efetivo para a pessoa que atende no SAMU. Então, realmente, precisamos pôr em
prática o Projeto “Trotes para o SAMU”, penalizando as pessoas que ligam
indevidamente para aquele serviço e, para isso, criamos o mecanismo de “Trotes
para o SAMU”. Certamente esse mecanismo não vai ser só penalizador e educador,
mas vai poder prover o SAMU para sanar as grandes dificuldades que ele acaba
tendo ainda nos dias de hoje.
Falamos, denunciamos,
brigamos nesta tribuna por toda a questão da Fugast, que acabou
vulnerabilizando o Hospital Presidente Vargas, como já prevíamos. Infelizmente,
naquele momento, não conseguimos que as autoridades competentes tivessem
sensibilidade para manter e para excepcionalizar a questão da Fugast.
Tivemos um longo
debate com relação às escolas de lata, com relação à escola especificamente lá
no Extremo-Sul, a Escola General Neto, que, primeiro foi queimada; depois,
passou para um prédio de lata e, felizmente, hoje, se encontra em um prédio
moderno, de alvenaria.
Discutimos muito,
aqui, a questão do transporte hidroviário, que acreditamos ser a grande
alternativa para o transporte público, principalmente – e aqui está a foto
(Mostra fotografia.) – da Região Sul e Extremo-Sul, podendo transportar as
pessoas de forma não tão cara, com conforto e de forma competitiva com os
outros modais, integrando o transporte hidroviário, efetivamente, com os outros
modais.
Tivemos a grande
satisfação de ver o Prefeito iniciar a licitação dos lotações para a Restinga,
para o Extremo-Sul e para Belém Novo. Certamente, aquela população, há décadas,
ansiava por isso, e foi efetivamente um grande esforço coletivo que vai
melhorar, e muito, a qualidade de vida das pessoas que moram na Restinga, Belém
Novo, Ponta Grossa e Lami. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Fernanda Melchionna
assume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sra.
Presidente, Ver.ª Fernanda Melchionna; colegas Vereadoras e Vereadores,
senhoras e senhores representantes das comunidades e da Prefeitura Municipal
que nos acompanham nesta tarde, eu volto a esta tribuna com o tema da Saúde
Pública de Porto Alegre, ou mais precisamente com a falta de Saúde Pública em
Porto Alegre.
Eu ouvi atentamente
aqui os dois colegas que fizeram pronunciamentos, o Ver. Cecchim e o Ver. Dr.
Thiago, trazendo alguns temas de preocupação e outros positivos. Mas eu quero
recolocar aqui e poder dialogar com o Ver. João Antonio Dib, que é o Líder do
Governo, bem como com a assessoria da Saúde aqui presente, algo no sentido de
que nós temos lutado, temos trabalhado, temos questionado, temos cobrado que a
Saúde de Porto Alegre possa evoluir. E a Saúde em Porto Alegre concretamente
não evolui. Apesar dos repasses do Governo Federal terem aumentado nesses
últimos oito anos, apesar de o Ver. João Antonio Dib insistir em dizer que os
números regrediram, mas nós já apresentamos nesta tribuna, e continuaremos
apresentando, mostrando, inclusive, o ganho per
capita.
E aqui eu quero
registrar dois problemas. O primeiro deles é o das UPAs. Já faz três anos que
foi aprovado o repasse de recurso para Porto Alegre para fazer as Unidades de
Pronto Atendimento; o recurso continua à disposição do Município, que não faz a
gestão de executá-las. Eu me refiro aqui à UPA da Zona Sul, que vai se
localizar no entorno de Ipanema, na Cohab/Cavalhada, naquela Região, pois até o
momento não foi apresentado e aprovado o projeto. Esta é a realidade. E aí não
adianta vir aqui dar explicação, porque a população quer saber da Saúde
efetiva.
E aí, Ver. Adeli
Sell, nós que dialogamos ontem com a comunidade do Cohab/Cavalhada, que se
apresenta com postura de revolta, porque se inicia um processo eleitoral
novamente, e, em 2004 – vejam só, em 2004 –, o Governo Municipal destinou o
terreno, Ver. Dr. Thiago, lá dentro do Cohab/Cavalhada, para construir um posto
de saúde, ao lado da sede do DMAE. Já se passaram sete anos e está lá o
terreno, juntando lixo, sendo guardado para que não seja ocupado, e não há
projeto concreto para instalar lá o posto de saúde – há suposição. Portanto, o
Governo Municipal tem que vir a esta tribuna e tem que ir à comunidade
responder por que o posto de saúde não foi feito.
Eu quero dizer mais,
Ver. João Antonio Dib: em 2008 foi destinado – uma Emenda do Governo Federal,
através da Deputada Maria do Rosário – recurso gravado para ser feito o posto
de saúde do Cohab/Cavalhada, e esse recurso não foi ocupado, caducou, voltou
para o Orçamento da União por falta de gestão do Poder Público Municipal da
Prefeitura de Porto Alegre.
Eu venho a esta
tribuna novamente cobrar esse tema, inclusive com a assessoria da Saúde que
aqui está; fizemos reuniões lá há dois anos para que o posto fosse executado, e
não tem nada. Agora, podem dizer que tem projeto que vai ser executado ou não;
mas não queremos isso neste período: nós queremos inaugurar, fazer com que o
posto atenda àquela população, que é uma população carente, que necessita do
tema da Saúde Pública, que tem que se deslocar, que vai para Monte Cristo ou
para Ipanema. Mas, não: ali está destinado um terreno, há mais de sete anos, e
o recurso existe no Orçamento. Portanto, Sr. Prefeito, falta gestão.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra. Presidente,
Ver.ª Fernanda Melchionna; Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, eu
gosto muito quando o nobre Ver. Engenheiro Comassetto vai à tribuna falar dos
recursos federais encaminhados a Porto Alegre, mas eu, como bom descendente de
árabes, gosto de números, e os números não mentem.
Eu digo que o
problema de falta de saúde neste País
se deve tão somente a S. Exa. o Dr. honoris
causa por várias universidades, o Dr. Lula, e à Dra. Dilma, tão somente por
isso, porque para que se faça saúde, é necessário que haja recurso. Não adianta
um grande número de postos que as Administrações Fogaça e Fortunati instalaram
na Cidade. Isso não resolve todo o problema, porque os recursos seriam 10% da
receita tributária da União aplicados na Saúde, mas, em 2008, o Dr. Lula não
deixou ser votada a regulamentação da Emenda nº 29 na Câmara Federal. Em 2009 e
2010, também não foi; em 2011, apesar de a Dra. Dilma deixar votar na Câmara
Federal, que aprovou os 10%, no Senado acertaram tudo direitinho: os valores do
ano acrescidos da variação do PIB. Se variar negativamente, vamos ver o que vão
fazer, a variação é negativa, está diminuindo, cada vez se nota menos.
Agora tem uma coisa: números são incríveis. Em
2002, no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, vieram para Porto
Alegre R$ 307 milhões, e eu quero que isso seja admitido. Em 2003, no Governo
do Dr. Lula, vieram R$ 251 milhões, aí falam em recursos federais! Só foram
atingidos os R$ 307 milhões seis anos depois, mas, se eu colocar a inflação,
nem hoje os R$ 307 milhões do Fernando Henrique Cardoso são superados – nem
hoje! Portanto, não adianta dizer que é má gestão. Não! É falta de recursos, porque
a Dra. Dilma, que é economista, que é inteligente, que é competente, deixou
aprovar na Câmara Federal, mas lá no Senado, onde ela tem absoluta maioria,
fizeram uma fraude para o povo brasileiro, que não tem Saúde, que não tem
vacina, e nós só reclamamos do Estado e do Município. Da União, não; a União
está salva.
Agora vou até defender o Governador do Estado, que
também não aplica o que a Constituição já determinava antes – não é agora! –,
ou seja, 12%. Ele não tem como fazer isso. Mesmo que ele quisesse, teria de
fazer um passe de mágica para arrumar os 12% que ele não tem, e não vai ter
este ano, não vai ter no ano que vem e nem daqui a dois anos! Pretende o
Governador, como outros pretenderam, fazer com que, gradativamente, se chegue
aos 12%. Eu também lembraria aqui que o Governador do Estado, que foi Prefeito
de Porto Alegre, também ficou em dívida para com a cidade de Porto Alegre,
condenado na Justiça, por não ter repassado os recursos, o Olívio Dutra. Ele
não repassou os recursos para Porto Alegre e foi condenado na Justiça.
Agora, nós só falamos que é que é má gestão da
Prefeitura, não falamos de tudo o que a Prefeitura realiza, com mais do que
aquela determinação constitucional de 15% da sua Receita: aplica 20%, 21%, 22%,
e devo dizer, por uma questão de justiça, que não é de agora. Antes, nos 16
anos, algumas vezes superaram os 15% – algumas vezes, não todas, porque
inclusive quiseram diminuir na Lei Orgânica, queriam diminuir o valor, que, na
época, era 13%, mas não conseguiram. De qualquer forma, a cidade de Porto
Alegre faz o que pode dentro dos seus recursos para um atendimento cada vez
melhor na Saúde. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Apregoo o Relatório da Comissão Especial de Revisão
do Código de Posturas de Porto Alegre, que é a Lei Complementar nº 12/75.
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.
O SR.
SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sra. Presidente, V. Exa., como todos os demais
Vereadores, estão acompanhando essa questão envolvendo as companhias
telefônicas, inclusive o Presidente da OAB fez uma representação no Procon, que
tomou uma decisão. Talvez o Diretor Legislativo, Luiz Afonso, pudesse informar
quantos projetos há na Casa em relação a esta matéria? Por que esta matéria não
foi votada? Existe Substitutivo ou não? Porque, afinal de contas, daqui a
pouco, as companhias vão dizer: “Bom, mas nós não estamos modernizando porque a
legislação não está atualizada”. Eu acho que a Casa – queria pedir a V. Exa. no
último dia antes do recesso – pode fazer uma diligência, acho que esta matéria
é urgente urgentíssima. Amanhã ou depois, eu não quero ouvir esse discurso:
“Nós não estamos fazendo um bom serviço porque a lei que está aí é uma lei
atrasada”. Eu acho que nós temos que conversar entre nós!
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver.
Carlos Todeschini está com a palavra para uma Questão de Ordem.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Ver.ª Fernanda, Presidente em
exercício dos trabalhos, eu quero aqui, como Questão de Ordem, ajudar,
contribuir com o Ver. Sebastião Melo, porque eu sei que há um Substitutivo do
Ver. Ferronato e do Ver. Beto. No entanto, para esclarecimento, Ver. Melo, há
uma forçação de barra em relação a esse tema, que já foi discutido na COSMAM
exaustivamente. Por quê? Porque, na verdade, existem 350 equipamentos, torres,
praticamente 50% da tecnologia 2G e 3G estão fora da Lei Juarez, que não se
adaptaram, e isso gerou uma multa incalculável de R$ 300, R$ 400, R$ 500
milhões que não está sendo paga e cujo objetivo é alterar a lei para aliviar
essa multa. Se for para instalar a tecnologia 4G, isso pode ser feito a
qualquer momento e dentro dos equipamentos existentes. Com a Lei Juarez,
permite-se a instalação total da tecnologia 4G. Por exemplo, é possível
instalar antenas e microcélulas nos postes de luz, em cima das casas, em cima
dos prédios, nas sinaleiras, nos postes das praças... Enfim, tudo é possível. O
que não pode é ter pretexto para forçar uma situação para aliviar essas multas
de centenas de milhões de reais que estão pendentes em função da lei, por as
empresas não terem se adequado.
Então, é desculpa, não tem pretexto para a
telefonia não estar funcionando e me parece que se está querendo armar um
ambiente para que, então, se aprove uma lei alterando a Lei Juarez, que é uma
lei modelo, é uma lei exemplar, é uma lei que serviu de referência para todo o
Brasil. Eu intervim só para auxiliar e esclarecer a preocupação justa e
importante aqui do Ver. Sebastião Melo, mas que não depende em nada para o
funcionamento melhor da 3G e da 2G, que são as que estão em vigor atualmente.
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Obrigada, Ver. Carlos Todeschini.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Sra. Presidente, eu agradeço o esclarecimento e
deixo para a avaliação da Mesa talvez uma Audiência para tratar desta matéria.
É evidente que eu quero dar acordo ao Ver. Todeschini. Nós não vamos fazer lei
nesta Casa para poder isentar possíveis agressões que tenham feito ao meio
ambiente; agora, acho que esta matéria merece, talvez, uma Audiência Pública e um
bom debate.
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Com certeza, Ver. Sebastião Melo. De pronto,
presidindo esta Sessão, acolho a sugestão de Audiência Pública para que a Mesa
determine a melhor data a ser realizada, sendo um tema tão importante para a cidade
de Porto Alegre, assim como a necessidade de uma investigação para ver se não
há um lockout das empresas
telefônicas no sentido de mudar uma legislação muito boa como a de Porto Alegre
para maximizar os seus lucros e isentar-se de multas devidas ao Município de
Porto Alegre por colocação de antenas ilegais, inclusive perigosas à saúde da
população.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Solicito a inversão da ordem dos trabalhos de hoje,
propondo o período de Comunicações antes da Ordem do Dia.
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Antes de votarmos o Requerimento do Ver.
Comassetto, ouviremos o Ver. DJ Cassiá, que está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, eu, Ver. Dib, às
vezes lamento a informação pela metade. Veja bem, Ver. Dib, eu estava escutando
V. Exa. no momento do pronunciamento em que falava sobre a Emenda 29. Essa
Emenda 29, Ver. Pedro Ruas, deveria fazer parte da reivindicação de alguns
Vereadores, de alguns Parlamentares que lutam pela Saúde, que vão à comunidade
e ouvem “aqui não tem um posto de saúde; aqui faltam médicos, aqui o
atendimento está desse jeito!”.
Poderia estar melhor se a Emenda 29 tivesse sido
cumprida. Será que esses Vereadores falam isso dentro da comunidade? Eu acho
que não. Eu acho que falta essa informação, Ver. Pedro Ruas. A informação vai
pela metade, e a reivindicação, também, dentro das comunidades. Infelizmente!
Eu não estou aqui para defender Governo A, B ou C; eu fui eleito para defender
aqueles que precisam, e a Saúde, no nosso País, está em estado de calamidade.
Se existe pena de morte, está na Saúde pública!
Eu não vou dizer que aqui a Saúde está cem por
cento, mas a legislação federal determina que 13% sejam destinados para a
Saúde. Aqui são aplicados mais de 17%. Vou informar – talvez alguns colegas
meus aqui não estejam bem informados – que, neste Governo, foram construídos
mais de 20 postos novos.
E vou dar aqui uma informação também. Falava aqui
meu colega sobre a questão da Saúde no Núcleo Cohab Cavalhada. Será que ele
informou àquela comunidade, que existe há mais de 20 anos, que já está licitado
o posto de saúde? Claro que eu acredito que informaram àquela comunidade que já
está licitado um posto de saúde para aquela comunidade, que faz uma
reivindicação há mais de 20 anos.
Este Governo está há 8 anos incompletos. Agora,
houve Governo que já passou por ali há mais de 20 anos, mais de 15, 16 anos.
Ver. João Antonio Dib. Às vezes, não consigo entender, meu Líder, por que, às
vezes, determinados governos não cumprem e deixam para os outros cumprirem. A
sujeira vai para baixo do tapete. Mas este Governo de que eu estou falando aqui
– e tenho orgulho de ser da sua base, porque, quando eu tenho que cobrar, eu
cobro, tenho orgulho de ser da base –, este pelo menos não passa as coisas para
baixo do tapete. Tem Governo que ficou por muitos anos e não fez; este, em
menos de 8 anos, já licitou o posto de saúde do Núcleo Cohab Cavalhada.
E, para concluir, foram mais de 20 postos novos
construídos. Deveríamos comparar o Governo dos sete anos com o dos outros quase
20 anos, verificar quem fez mais. Mas não estou aqui para esta disputa de
beleza, não. Um Governo tem que aplicar aquilo que arrecada, e este Governo
aqui está cumprindo: aplica mais de 17%, quando a lei determina 12%.
Agora, deveríamos falar mais sobre a Emenda nº 29.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Engenheiro Comassetto, que solicita a inversão da ordem dos trabalhos, passando
o período de Comunicações para antes da Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ADELI
SELL: Caríssima Fernanda, presidindo os trabalhos; meu caro Ver. João Dib, eu
queria lhe dizer que em 2003 nós tínhamos um repasse de valores – eu vou lhe
dar per capita –, do Governo Federal
para Porto Alegre, ou melhor, eu vou dar uma atualização comparando com a
população de Porto Alegre. Em 2003, R$ 1.378.118,00; agora R$ 1.418.101,00, ou
seja, nós começamos com um per capita
de R$ 289,00, vamos arredondar para R$ 290,00, e hoje nós temos R$ 390,00, ou
seja, R$ 100,00 a mais – R$ 100,00 a mais – por pessoa em Porto Alegre. Então,
devagar com o andor. Os números são oficiais. Alguma dúvida? Vamos às provas
cartoriais. Dito isso, nós temos, sim, problemas na Saúde no Brasil inteiro.
Nós ainda somos um País onde tem tuberculose. Mas o Rio Grande do Sul é um dos
Estados na pior situação nesse ranking.
Em Porto Alegre, temos três regiões que são dramáticas: as vilas Mário
Quintana, Pinto e a própria Cruzeiro, onde os índices de tuberculose são acima
dos índices nacionais. E isso, sim, deve nos preocupar. Qual a solução? A
solução é um trabalho integrado entre todas as instâncias governamentais. Aqui
está a assessoria da nossa Secretaria Municipal da Saúde que saberá entender o
que eu vou dizer. É preciso haver um trabalho do Município, do Estado e da
União; concatenar esse trabalho. Mas nós chegamos a ter aqui no Rio Grande do
Sul um serviço de Saúde pública da unificação, por causa do trabalho que foi
feito em relação ao SUS, de unificar tudo sob a responsabilidade do Município,
no qual nós tínhamos funcionários federais com um salário; estaduais, com
outro; municipais, com outro; terceirizados, com outro, além da problemática da
Fugast. É claro que as coisas não podem funcionar! Também temos que entender
que, ao longo dos anos, entraram e saíram Governos que não cuidaram dos prédios
onde se faz Saúde pública. E chega um momento em que tudo está caindo aos
pedaços, em que é preciso retomar ponto a ponto, responsabilidade em cima de
responsabilidade. Nós queremos, sim, cobrar responsabilidades. Eu, por exemplo,
cobro, Ver. DJ Cassiá, sempre, e sistematicamente vou cobrar, porque nós temos
problemas no atendimento básico de Saúde. Há uma grande batalha para que o
médico, o profissional de Saúde, cumpra as suas 20 horas, 30 horas.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Adeli, o senhor traz aqui esses números oficiais, os quais já
ofereci ao Ver. João Antonio Dib, mas ele insiste em apresentar números
equivocados e errados à população de Porto Alegre. Há dados oficiais, inclusive
do balanço da própria Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que, em 2003, o
repasse do Governo Federal era de R$ 289,00 por pessoa; hoje é de R$ 386,00. Então,
aumentou em 30% o repasse.
(Aparte antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)
O Sr.
Engenheiro Comassetto: Isso é respeito, Ver. João Antonio Dib, é um debate
fraterno, sincero, em cima de dados. Eu já lhe disse que os seus dados estão
errados, que tem que apresentar os dados corretos. Eu estou aqui para fazer
esse diálogo, e quero passá-los, novamente, para que possamos debater. Muito
obrigado.
O SR. ADELI
SELL: O debate continua; eu coloquei a problemática da Saúde.
Para concluir, quero colocar e fazer um veemente
apelo à Municipalidade sobre um outro tema: a dramática situação dos moradores
de rua no Centro de Porto Alegre. O Viaduto Otávio Rocha está tomado, a Rua
Jerônimo Coelho está tomada, não há lugar, no Centro, onde não haja morador de rua.
A situação é dramática, por favor, dirigentes da FASC, atentem para isso:
moradores de rua em Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Airto Ferronato.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Boa-tarde, Sra. Presidente, Ver.ª Fernanda; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores; aqueles que nos acompanham nesta Sessão; um abraço especial aos
nossos amigos do Beco José Paris, que estão em luta pela recuperação, através
do Programa de Arrendamento Residencial – PAR. Agradeço, também a cedência e a
troca deste tempo com o Ver. Airto Ferronato. Eu sou obrigado, aqui, Ver.ª
Fernanda Melchionna, a fazer uma manifestação relativa a um assunto que diz
respeito à salvaguarda da Cidade. Já falei com o Ver. João Antonio Dib sobre
este assunto em particular, mas quero fazer o registro aqui da tribuna, porque
se trata de uma questão importante da Cidade.
Ali na Av. Bento Gonçalves, há o corredor de ônibus
feito em uma laje de concreto armado. Eu não sei exatamente quem fez, se foi o
governo da Administração Popular ou se foram os governos anteriores; o Ver.
João Antonio Dib diz que talvez tenha sido ele quem executou aquela obra, mas
foi construída uma laje de concreto para servir de corredor de ônibus, em cima
da adutora do DMAE, que tem uma extensão significativa, sei lá, de 200, 300,
400 metros. Quando eu era Diretor do DMAE, houve a identificação de uma fuga
que é vista onde termina a laje e começa o asfalto, no corredor, na direção do
bairro para o Centro, ali na Av. Bento Gonçalves. Por isso o asfalto está
sempre totalmente deformado, totalmente irregular.
Nós começamos um conserto, à época, tentando
encontrar aquela fuga, e destruímos 50 metros, 100 metros da laje e nada,
porque a fuga da água corre por baixo da laje e não se sabe em que ponto ela
está. Pois, qual não é a minha surpresa, agora, pois está se fazendo o novo
corredor, uma obra importantíssima para melhorar a Cidade, e não foi removida de
lá a adutora, reproduzindo os mesmos riscos atuais, ou seja, se a adutora
romper, fugar ou vazar, não tem como consertar; portanto vai perdendo-se água
eternamente. Quem passa, ali, naquela parada, ao lado do Carrefour, pode ver na
prática: o sinal está identificado no final da laje, no corredor do ônibus,
passando em direção ao Centro. Tanto é que, na época, nós abandonamos o
conserto e fizemos uma fuga drenada para dentro do Carrefour, senão teríamos
que destruir toda a laje do corredor do ônibus.
Agora, como se está reformando o corredor, aquela
adutora tem que ser retirada debaixo da laje porque ela não tem como ser
consertada. Mais do que isso: não tem como identificar onde vai acontecer a
fuga quando ela acontece. Por quê? Porque a água corre por baixo do concreto
armado. Agora está se produzindo uma laje de maior espessura, com maior
resistência, com maior quantidade de concreto e ferro. Falei com o Prefeito num
jantar sábado à noite, falei com o Diretor de Águas do DMAE, agora estou
falando com o Líder do Governo, que é uma pessoa diligente e responsável,
porque não podemos, daqui a algum tempo, ter que destruir toda a obra que está
sendo feita para tentar encontrar o ponto de vazamento da adutora. Aliás, não
se faz adutora embaixo de laje de concreto!
(Aparte antirregimental.)
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Isso é um erro que, se aconteceu uma vez, é uma falha, paciência, mas
não se pode reproduzir o mesmo erro. Portanto, estou fazendo aqui o alerta,
porque essa é uma questão de cuidar da Cidade, de planejar a Cidade, e de os
órgãos agirem integradamente, coisa que não está acontecendo, porque SMOV e
DMAE nem se conhecem, quanto menos se falam. Como Vereador, estou fazendo esse
alerta; como ex-Diretor do DMAE, não consegui, porque o dano seria muito grande,
à época, quebrar, romper, retirar toda a laje, mas agora, quando ela está sendo
retirada por necessidade de obra, é uma oportunidade para ser feito. Fica o
alerta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sra. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, meus senhores,
minhas senhoras, quanto mais as lideranças petistas falam em Saúde, mais me dão
razão quando, inclusive, trazem os números para me contestar. Na minha
aritmética de homem simples, do ensino primário apenas – nem vou recorrer a
mais nada –, 307 é maior do 251. Se alguém me provar o contrário, eu vou dizer
que tudo o que aprendi na minha vida toda – comecei a estudar com 5 anos e já
sabia a tabuada – está errado, que tudo o que estudei, tudo o que eu fiz, está
tudo errado; 307 é maior do que 251, 307 é maior do que 265, 307 é maior do que
286, 307 é maior do que 299, e 307 é menor do que 336, se eu considerar números
absolutos. Agora, se eu contar a inflação, em cima dos 307, a Prefeitura de
Porto Alegre perdeu na Saúde R$ 330 milhões; eu não inventei números, foram-me
fornecidos pelo mestre Engenheiro Comassetto e pelo Ver. Adeli Sell, que falou
ali da tribuna. Então, eu não gosto que falem de números sem responsabilidade;
307 é maior que 251.
Agora, o PT, realmente, em matéria de Saúde tem
alguma dificuldade para explicar. O hoje Governador Tarso Genro era Prefeito
quando foi implantado o SUS, e a Prefeitura passou a coordenar as despesas do
SUS. O primeiro dinheiro que chegou para o SUS, em Porto Alegre, foi colocado
em CDB; os hospitais não recebiam, as clínicas em geral não recebiam, ninguém
recebia, estava tudo em CDB! Aí, na época, procuraram a Câmara Municipal, que é
a caixa de ressonância das dificuldades da população, e os então Vereadores
Jair Soares, Eliseu Santos, e este Vereador – na pessoa do Ver. Jair Soares,
que tinha mais acesso ao Governo Federal, havia sido ministro – telefonaram para
saber por que não vinha o dinheiro do SUS, e fomos informados de que o dinheiro
já estava aqui há quase um mês. Nós fomos ver onde estava o dinheiro e vimos
que ele estava aplicado em CDBs. Porém, um dia após a reclamação aqui no
Plenário, os hospitais receberam. Então, essa coisa de CDBs era algo que o PT
gostava muito. Dia 30 de setembro de 2004, o Governo do PT tinha R$ 100 milhões
em CDBs – estão falando em números com alguém que acompanhou mês a mês a
execução orçamentária –, mas, no dia 31 de dezembro, havia um déficit de R$ 175
milhões, que o Prefeito Fogaça teve que pagar; inclusive, na primeira semana,
pagou cinco milhões de dólares de empréstimos que a Prefeitura não havia pago,
o que fez com que a Prefeitura perdesse créditos para fazer financiamentos por
dois anos.
Então, eu não gosto que falem de números sem que
tenham a exata colocação. Eu até – ainda que esses números sejam fornecidos
pela Prefeitura – coloco dúvidas desse valor per capita. Coloco dúvidas! Se eu multiplicar R$ 1,4 milhões por 398, eu acho que dará mais que R$
251 milhões. Não fiz a conta, mas tenho certeza. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo dos Vereadores Alceu
Brasinha e José Freitas. Portanto, Vossa Excelência terá o prazo de dez
minutos.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Ver.ª Fernanda Melchionna, na presidência dos trabalhos; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadoras, há um latifúndio, hoje, povoado, Ver. João Dib,
mas, infelizmente, Ver. Comassetto, assim o é em época de campanha, e faz parte
do exercício democrático podermos... Aliás, não só faz parte, é obrigação
nossa, neste momento, irmos às ruas para prestar contas do que cada um fez ao
longo desses quatro anos. Então, não é de se estranhar que, de fato, o Plenário
da Casa esteja vazio nesses últimos dias, porque, afinal de contas, é natural
que assim seja. Senhoras e senhores, funcionários da Casa, público que nos
acompanha pela TVCâmara, a primeira questão, Sra. Vereadora, que me traz à
tribuna – e eu quero conclamar os nobres colegas Vereadores a aprovarmos este
Requerimento que eu estou protocolando agora, Ver. Idenir Cecchim...
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Ver. Valter, eu lhe peço só um minuto e já parei o
seu tempo. O Diretor Legislativo me alerta que não pode haver duas cedências.
Então, V. Exa. falará pelo tempo de cinco minutos, por cedência do Ver. José
Freitas.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Pois não, muito obrigado. Acho que cinco minutos são suficientes. Vou
objetivar, porque imagino que em cinco minutos seja possível. A primeira
questão é a seguinte, Srs. Vereadores: Ver.ª Fernanda, dizia Rosa de
Luxemburgo, que, fora do socialismo só a barbárie. Ver. Toni Proença, essa,
felizmente, foi uma máxima ou uma assertiva derrotada pela História. Os
principais sistemas, hoje, são sistemas de economia de mercado, mas a economia
de mercado só funciona, por um lado, se nós tivermos empresários bons – isso
quer dizer pessoas virtuosas, conscientes das suas obrigações, e isso nem
sempre existe, infelizmente –, e, por outro lado, quando isso não há, que nós
tenhamos um Governo que funcione como agente regulador, controlador desse
mercado, e, mais modernamente, que se instituam as agências reguladoras ou as
agências controladoras; são mecanismos fundamentais numa economia de mercado,
numa sociedade desenvolvida, desde que, obviamente, funcionem. Infelizmente, no
nosso País, o que nós observamos é que a ANTT, a Aneel, a Agergs – e aí vão se
criando essas agências reguladoras –, muitas delas padecem de uma espécie de
atrofia, e, quando têm que exercer a sua prerrogativa, o seu dever, a sua
função, não agem, e quem sofre é o cidadão, que tem maus serviços nas estradas,
tem tarifas caras de pedágio, tem planos de saúde que não funcionam, tem planos
de previdência que, às vezes, pagam uma vida inteira, e, no final, quebram,
roubam o dinheiro, e o cidadão fica “a ver navios”. Mas nós podemos nos
orgulhar que, em Porto Alegre, temos um organismo de proteção dos direitos do
consumidor que tem sido muito atento e muito diligente. E eu quero me reportar,
especificamente, Srs. Vereadores, à propositura que faz o Procon de Porto
Alegre, apoiada, ou provocada, na verdade, pela Ordem dos Advogados do Brasil,
Seccional Rio Grande do Sul, em vedar, em proibir, em restringir... Ver. José
Freitas – eu quero lhe agradecer muito pela cedência do tempo, eu fiquei muito
honrado. O Ver. José Freitas chegou aqui há pouco, mas já é uma figura que
cativou a todos pela sua forma de ser, e eu me sinto distinguido por ter
recebido o tempo de V. Exa. O Procon de Porto Alegre tem feito esse seu papel,
ele tem agido de forma muito firme. Quando eu estava à frente da SMIC, nós
multamos grandes redes de supermercados que põem produtos nas suas gôndolas
fora do prazo de validade – e foram multas de vulto. Nós íamos,
permanentemente, aos bancos e multávamos os bancos que deixavam os cidadãos
horas e horas esperando em pé. E agora o Procon está propondo, a partir de uma
provocação, como eu disse, da OAB, a restrição da venda de novos aparelhos
celulares em Porto Alegre. Quem é que precisa de celular? Olha, lá no início,
Ver. Tarciso, o celular até poderia ser um objeto de status, tanto que as pessoas andavam nos shopping centers com aqueles celulares grandes, e a gente achava
que eles estavam se exibindo com eles, mas hoje existem 200 milhões de
aparelhos celulares funcionando no Brasil, hoje todo mundo usa, é um item
essencial. Desde a pessoa mais humilde, mais simples, àquele cirurgião que trabalha
na cirurgia mais delicada, todos têm no celular um aparelho que é essencial
para a sua atividade profissional, para controlar os filhos, mas, infelizmente,
não obstante sejamos o País que cobra as mais altas taxas da América Latina, na
prestação de serviço de celular temos péssimos serviços oferecidos ao cidadão
que, via de regra, não tem para quem reclamar. Pois bem, eu quero cumprimentar
o Procon Municipal e a OAB por estar fazendo isso, e estou propondo que todos
os Vereadores se somem a essa manifestação de apoio ao nosso Procon, porque
vemos, de fato, no momento em que uma entidade protetiva dos direitos do
consumidor, ou uma agência reguladora cumpre o seu papel, tamanho é o deserto
que estamos vendo aí de pessoas que não cumprem, de agências que não cumprem, e
nós precisamos reconhecer e ressaltar a tarefa. Então, estou propondo a V.
Exas. que façamos uma manifestação de apoio, uma Moção à OAB, na pessoa do Dr.
Lamachia, e ao Procon, na pessoa da Dra. Flávia. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sra. Presidente, Ver.ª Fernanda Melchionna; Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, considero de extrema
importância esse debate que se estabelece sobre a cobrança do Poder Público em
relação aos serviços da cidade de Porto Alegre. E o tema da Saúde, que é o
maior problema da Cidade identificado pela população... De todas as pesquisas
que existem, quando a população é consultada sobre qual o maior problema,
sempre aparece em primeiro lugar a Saúde pública, ou, como costumo dizer aqui,
a falta de política de Saúde pública. E a Saúde pública não é só de
responsabilidade de um ente federativo ou de outro, seja União, Estado, ou
Município, mas ela é conjugada. Agora, quem é responsável localmente por fazer
a gestão é a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. E quando cobrei aqui, há
poucos minutos, que comunidades estão revoltadas por algo que foi conquistado e
não foi executado, como é o caso do Posto de Saúde da Cohab Cavalhada, que já
está conquistado há cinco anos e não foi executado, me desculpem, não é falta
de trabalho destes Vereadores, não é falta de recursos, é falta de gestão, de
capacidade da gestão pública de executar aquilo que a população conquistou e
determinou. E aí o problema persiste. E, neste momento, todos têm que dar
explicação, sim.
E aí, Ver. João Antonio Dib, a respeito dos números,
o senhor insiste numa matemática que é uma matemática sua e que não tem como
contestarmos. E aqui estão os números – e eu já lhe passei os números –, e eu
gostaria que a nossa TV Câmara os mostrasse. Porque, pelo Orçamento de 2003, no
primeiro ano do Presidente Lula – e foi um Orçamento, como todos sabem, que
ficou do ano anterior, do Governo do Fernando Henrique Cardoso –, o repasse
para Porto Alegre foi de R$ 251,3 milhões. Hoje, em 2012, são R$ 547 milhões, isto, obviamente, com a defasagem. Se nós pegarmos
corrigido, em 2003, foram R$ 398 milhões e hoje são R$ 547 milhões. Então, é
esta a diferença que nós temos que analisar; e o repasse per capita, em 2003, foi de 290 e hoje é de 386. Então, essa
diferença é a diferença real para mais, é o repasse per capita. Então não houve diminuição no repasse do Governo
Federal para o Município de Porto Alegre, que é compartilhado com as estruturas
aqui existentes dos Governos Federal, Estadual e Municipal.
O Sr. Valter Nagelstein: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, eu tenho observado a sua
discussão, e só quero fazer uma observação importante e pertinente. Essa
discussão não é honesta – e não V. Exa., que, muito pelo contrário, é um homem
honesto, eu sei –, mas a discussão em si não é honesta, se nós sonegarmos dela
a informação de que 80% desse recurso fica no Hospital de Clínicas e no Grupo
Hospitalar Conceição. Ou seja, para o resto todo da Cidade, para os postos de
Saúde, para os Programas de Saúde da Família, para os Hospitais Municipais, a
municipalidade fica com escassos, parcos, miseráveis 20% para atender ao
restante todo.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Valter, o
seu raciocínio estaria correto se nesses números apresentados aqui – pelo menos
nesses que eu estou apresentando – estivesse incluído o Hospital. Não, esse
aqui é o repasse direto para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A esses
valores estão acrescidos, sim, e aí pode a quantidade ser proporcionalmente
maior, inclusive do que o repasse do Município de Porto Alegre. Mas nós estamos
tratando aqui de uma conta, e esses dados foram retirados do balanço financeiro
da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Então, nós estamos tratando
exclusivamente do repasse para a Prefeitura. Mas o senhor tem razão, aumentou, inclusive,
sim, o repasse, proporcionalmente, para o Hospital de Clínicas e para o Grupo
Hospitalar Conceição, que também aumentaram as suas estruturas e tratamento da
saúde pública de Porto Alegre. Agora, esse debate é importante, e o que nós
estamos questionando aqui é essa questão da capacidade de gestão da Prefeitura
Municipal que tem sido ineficiente. Portanto...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Em votação a alteração na composição da Comissão Representativa: Ver.
Alceu Brasinha ingressa na vaga deixada pelo Ver. Nilo Santos; Ver. Adeli Sell
ingressa na vaga deixada pelo ex-Vereador Aldacir Oliboni; o Ver. Professor
Garcia ingressa na vaga deixada pelo Suplente, Ver. Dr. Raul Torelly. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA a alteração na composição da
Comissão Representativa.
O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra em Comunicações.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sra. Presidente,
Ver.ª Fernanda Melchionna; Srs. Vereadores, querido Ver. Dib – passei tão
depressa que não consegui cumprimentá-lo. Com a felicidade que eu estou, depois
de ontem, nós retomamos o caminho da alegria e das vitórias, pois ontem o
Grêmio começou a ganhar. E àquele amigo que está de manta ali, parabéns, é isso
aí, meu filho.
Eu quero, Ver. Elói,
Ver. DJ, Ver. Dr. Goulart, dizer que eu venho sempre a esta tribuna, quase que
praticamente repetir o que acontece nesta Cidade. Esta Cidade tem todos os tipos
de trabalho, Ver. Toni Proença. Eu sou um admirador dos trabalhos dos
Secretários que executam muito bem os seus trabalhos, e o faço porque a Cidade
merece, e o povo de Porto Alegre mais ainda. Eu costumo dizer que sempre tem
gente que gosta de falar muito do DMLU, mas não lembra que o DMLU é uma
Secretaria que trabalha muito por Porto Alegre, muito! Também temos que
lembrar, Ver. Dib, Ver. Elói, Ver. José Freitas, que o povo também tem que
colaborar, o povo não pode jogar lixo em qualquer canto; tem o dia e a hora
certa para pôr o lixo nesta Cidade. Vereador, querido Valter Nagelstein, foi um
dos Secretários que trabalhou tanto por esta Cidade, sei muito bem que V. Exa.
foi um Secretário que sempre me atendeu muito bem; todas as vezes que pedi,
solicitei, V. Exa. imediatamente me deu uma resposta. Então, eu costumo dizer
que eu estou muito satisfeito com os Secretários que a Prefeitura tem, porque
alguns foram trocados, mas continua a mesma qualidade, o mesmo atendimento, a
mesma gestão que Porto Alegre oferece ao contribuinte, ao cidadão, enfim, a
todos de Porto Alegre.
O Sr. Valter Nagelstein: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Brasinha, eu lhe agradeço
o aparte. E V. Exa. toca num ponto que é importante, e a gente tem que tocar
sempre aqui que grande parcela da responsabilidade de tudo o que ocorre, ou
talvez a maior delas, ao lado do Poder Público, é nossa, como cidadãos: cuidar
da Cidade, jogar o lixo, fazer o asseio, mas também é do Governo, Ver. Elói.
E eu quero só dar um
dado que tem me chamado atenção. Eu ando pela 3ª Perimetral e vejo os postes
que foram colocados lá, que hoje têm 14 anos e que estão todos podres,
corroídos pela ferrugem. Em qualquer cidade do mundo que se vá e nem precisamos
ir muito longe, aqui em Buenos Aires, há postes com 150 anos, feitos de ferro
fundido e estão novos ainda. Então, nós temos que cobrar dessa Administração
que tanto nos cobra – a passada –, pois como é que fizeram uma obra que era
para durar 50 ou cem anos, e os postes, com 14 anos, estão todos apodrecidos? E
a Prefeitura vai ter que trocar todos agora. Então, isso é falta de visão e de
comprometimento daqueles administradores que botaram materiais horrorosos na
nossa Cidade. Muito obrigado.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador.
Daí por diante, estou falando do DMLU, do DEP, do Ernesto Teixeira, que faz um
trabalho espetacular. Eu costumo dizer que o Ernesto Teixeira é um Secretário
que está sempre atento quando se pede alguma coisa, ele dá retorno, Ver. Dib.
Eu costumo elogiar o Ernesto Teixeira, o Luiz Fernando Záchia. Olha, falta
tempo para elogiar o Secretário, porque ele vem trabalhando não importa o dia,
o tempo. À noite, o DMAE atende a gente com equipe para solucionar o problema
da sociedade, e mesmo assim as pessoas malham.
Eu quero dizer que,
com o Secretário de Porto Alegre que faz esse serviço e um Prefeito da
qualidade do Fortunati, nós estamos acertando cada vez mais.
O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero agradecer a V. Exa. o
aparte e rapidamente dizer que este Vereador subiu à tribuna para dizer que a
questão do lixo em Porto Alegre é uma mão dupla, que a Prefeitura está fazendo
a sua parte, que a população também precisa ajudar, porque os únicos
beneficiários nesta Cidade seremos nós, os moradores. Eu tenho que instruir
educacionalmente a minha família para que ela recolha o lixo na embalagem
correta e no horário correto.
E outra coisa: o
senhor está falando do lixo, está falando da Saúde e de outras coisas, mas
também temos que ver o trânsito, porque as pessoas precisam atravessar na faixa
de segurança.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver.
Paulinho Rubem Berta. Eu também sei que o trabalho da EPTC é um trabalho muito
bom, com qualidade, e certamente eles também olham esta Cidade com muita
atenção, Ver. Dib.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Haroldo de
Souza assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Beto Moesch.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Ver.
Haroldo de Souza, quero agradecer o Ver. Beto Moesch, a quem reputo um dos
especialistas no campo ecológico, no trato do ambiente; e é acerca dessa
matéria que pretendo trazer algumas questões de extrema importância. Até
haverei de pedir a assessoria do Ver. Beto Moesch para encontrarmos um
mecanismo capaz de dar respostas diretas e imediatas a essa questão ligada às
árvores, ao revestimento arbóreo da cidade de Porto Alegre. Devo dizer que em
homenagem ao jovem mineiro – estudante de engenharia que subiu na árvore em
frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
que, a partir dali – ingressamos com um pedido de tornar a árvore o símbolo
ecológico de Porto Alegre, na medida, também, em que temos a Cidade mais bem
revestida do ponto de vista arbóreo do País.
Mas o que acontece e
vem acontecendo na prática e que tem trazido grandes preocupações a todos nós?
Vou citar rapidamente que ontem eu visitava uma família, onde um butiazeiro de
uns 40 anos, que está frontal à casa, a três metros da frente da casa, onde,
casualmente, ficam os quartos... Nas moradias tradicionais de madeira, os
quartos ficam na frente, a cozinha, etc., ficam nos fundos. A copa desse
butiazeiro, por um cálculo feito por nós ali reunidos, que conhecemos um pouco
essas coisas, deve ter de uma e meia a duas toneladas, que está vergada – vejam bem –
sobre o telhado da casa. E quando há uma intempérie, um vento, a família – já
um tanto assustada – recolhe-se à casinha dos fundos, com toda razão, temendo a
possibilidade de cair sobre a casa a copa do butiazeiro, cuja haste está
carcomida, num processo de deterioração. Então, faz-se imprescindível, com a
urgência que se impõe na defesa da vida, na defesa das pessoas que habitam a
referida casa, que se providencie – e nesse sentido estou ingressando na SMAM,
no sentido de autorizar – a imediata poda e o que mais for necessário na
referida árvore. Então, fica esta manifestação, que vale, Ver. Beto Moesch, Vereadores
e Vereadoras, para uma série de situações em Porto Alegre. Nós temos que
encontrar saídas, porque aquela questão ali, localizada na Zona Norte de Porto
Alegre, precisa, sim, de um tratamento, porque, com um vento forte, a copa da
árvore vai cair sobre a casa e levará, inquestionavelmente, a casa ao chão,
podendo ferir as pessoas que lá estão. Quero pedir a colaboração de V. Exa. –
V. Exa. é especialista em meio ambiente – para produzirmos algum instrumento
legal para atender essas situações de absoluta emergência na defesa dos seres
humanos. Sou grato...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às 16h10min): Não há quórum para entrarmos na Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1032/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 018/12, de autoria do Ver. Newton Braga
Rosa, que concede a Comenda
Porto do Sol à Rede Internacional de Universidades Laureate Ltda.
PROC.
Nº 1633/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/12, que autoriza o Executivo Municipal a doar
próprios municipais localizados na Vila Hípica, nesta Capital, ao Departamento
Municipal de Habitação (DEMHAB).
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não há nenhuma
inscrição para discutir a Pauta. (Pausa.)
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h12min.)
* * * * *